O tempo de internação caiu pela metade nos últimos anos. Isso significa que podemos tratar o dobro de pacientes na mesma cama. Nascem menos crianças e, além disso, muitas doenças infantis são tratadas ambulatorialmente. Várias doenças tratadas exclusivamente no hospital desapareceram ou foram para tratamento aberto. Você se lembra, por exemplo, da úlcera gástrica – um procedimento reconhecido era a gastrectomia parcial – agora o tratamento ambulatorial com um antibiótico adequado é suficiente. Pedras nos rins, tratamento de ataques cardíacos, etc.
Todos os dias temos novas oportunidades em cuidados com a saúde. A tendência permanece inalterada – a medicina está passando de hospitais para ambulatórios ou pequenos centros especializados do tipo “cirurgia no mesmo dia”. É preciso adequar os hospitais e a saúde aberta a essa tendência. A manutenção obstinada de enfermarias vazias com equipe e instrumentação completas está arrastando os hospitais para debaixo d’água.
Não há possibilidade nem sentido, tanto para os hospitais como para os doentes, manter estruturas e postos de trabalho que ninguém espera. Por outro lado, há uma grande e crescente necessidade de atendimento ambulatorial especializado. A necessidade de cuidados médicos, de enfermagem e terminais de longo prazo está crescendo. Alguns hospitais devem desaparecer, alguns devem mudar suas especializações.
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Em seu lugar, serão criadas novas unidades estritamente voltadas para as necessidades dos pacientes. É claro que em breve se levantarão vozes de que o Fundo Nacional de Saúde, que os requisitos do contrato, que é necessário um hospital, que o próximo fica a 30 km, que não se pode jogar funcionários na calçada. Tudo verdade, mas o papel do hospital é tratar os pacientes que chegam até ele. Não é papel do hospital atender uma determinada região, nem dar empregos aos funcionários.
Dra. Adriana de Góes Soligo | Clínica de Reprodução Humana Assistida
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